A PRESSA DAS FOMES
DESPEÇO-ME DA DOR
Despeço-me da dor, me disponho a mudar, me dispo da pele arranhada, da ferida, do silêncio obrigado, da impaciência, da raiva engolida, do gasto e da gastura, do tamanho da mentira, da vergonha declarada e do ódio embutido. Poupo meus sentidos, dou as costas a quem não merece nem afrontas.
DEUSAS CASTAS
Só acredito em deusas castas, recatadas e preservadas sem ânsias de conquistas agressivas, sem necessidade de explorar os homens, plenas de motivações humanas motivem o mundo com naturais surpresas, solenes e favorecedoras insistam em verter raras sensibilidades que delas fluem suavemente agitadas.
Escritos do Eu
© 2018 Roberto Curi Hallal