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INOCÊNCIA DESACOSTUMADA
INOCÊNCIA DESACOSTUMADA
Surpreso diante da minha própria inocência, me dispus a declarar transparência onde era para declarar independência. Colho uma antiga verdade transformada como se fosse uma inocência desacostumada.
QUASE
Quase melancólico, me escondo das minhas saudades porque não quero ver-me triste, porque não posso saber-me só.
COMO FOLHAS
Caído como folhas livres das árvores que sustentam, faço-me falar, uso pretextos, movimento o corpo e a alma dando a entender que me jogo nestas correntes que nem sempre levam ao mar, nem sempre aliviam as penas, nem sempre realizam os sonhos desejados.
Escritos do Eu
© 2018 Roberto Curi Hallal