NOSSAS FERIDAS
NA FOME E NA ESPERA
Trato de resolver, apaziguar essa fome que se repete diária, que move providencias e o alimento. Catando o pão-da-vida, buscando as águas-da-vida, o umbigo- da-terra, arrancando intimidades, declarando contradições, acrescentando sonhos na seca, na fome e na espera.
A PROCURA
Faço obrigatória a procura. Dou consideráveis passos na tentativa de dominar tudo o que em mim se expressa, busco uma inserção da minha natureza na natureza que me rodeia, reina uma ousada simultaneidade sobre o passado e o presente uma vez que poupo o futuro das adivinhações sempre mal sucedidas. Insisto que esses domínios são sempre frágeis, mas me renovam.
Escritos Fenícios
© 2018 Roberto Curi Hallal