O ESPELHO NÃO NEGOCIA
O QUE ERA PARA SER
O que era para ser natural manifesta suas caras negadas na violência, na ofensa social, no desemprego, na má distribuição de bens, na precariedade dos valores, na opulência, na imobilidade social, nas escandalosas injustiças, nas instituições frágeis, na corrupção endêmica e epidêmica, nos vínculos fugazes, na desconfiança e na banalização das relações entre os humanos, na individuação e no imediatismo, no uso e na desmoralização do corpo exposto à compra-venda, na exclusão e na vulnerabilidade dos desassistidos, no Estado quando improvisador e no abandono dos indocumentados. Estas são apenas algumas das evidentes manifestações da perda de sentido dos valores que sustentam o conceito de sujeito protagonista, assistindo sua humanidade transformada muitas vezes em coisa manipulada, em objeto da decomposição social.
Reflexões e Aforismo
© 2018 Roberto Curi Hallal