A CHAVE DOS TEMPOS
SÓ
Vários dias caminhei sozinho nas ruas da minha adolescência, nas sombras das árvores da praça principal observava um dos poucos edifícios na minha cidade, sendo um lugar plano, ruas planejadas, todo colaborava com o Minuano que acelerava desde a Patagônia para ganhar força nas ruas absolutamente retas. O inverno, sempre melancólico, determinava a solidão das estátuas e dos gansos no pequeno lago. Los cines agradecidos abraçavam refugiados com vontade idêntica, reiterada, sonhando com seus enredos.
PENSANDO
Pensando bem, tudo o que medi com a alma me fez um radical.
Sem mais, divorciado da utopia, me situo entre a miséria imposta e a opulência fascinante, entre uma solidão selvagem e uma multidão desacompanhada.
Escritos Fenícios
© 2018 Roberto Curi Hallal