Roberto Curi Hallal

ROBERTO CURI HALLAL

A PERENIDADE DA VIDA

A PERENIDADE DA VIDA
A aspiração da perenidade da vida encontrou na água seu elemento simbólico. Desde a noite dos tempos, muitas culturas outorgaram as fontes mananciais um valor quase mágico. O contato com a água, seja em forma de bebida, banho ou aspersão, se vincula com ritos que permitem recuperar a saúde, purificar o corpo e espírito, fecundar a terra e reproduzir a vida.
A Bíblia confirma a água como símbolo vital quando menciona uma fonte, anterior à criação do homem e inclusive do Paraíso:

“Não havia ainda sobre a terra arbusto algum do campo, nem havia brotado nenhuma erva do campo, porque o Senhor Deus não havia feito chover sobre a terra, nem havia homem que a cultivasse. Saía da terra uma fonte, que ia regando toda a superfície da terra (Genesis 2,5:6)

Posto que esta fonte surte águas a um lugar onde se desconhece a dor, o trabalho e a morte, era natural outorgar-lhe propriedades extraordinárias. Seguindo essa lógica, as águas provenientes do Paraíso ocupam um lugar no imaginário medieval. Elas representam a continuidade da vida e a vitória sobre a morte.

FONTE: América mágica – Jorge Magasichi e Jean-Marc de Beer

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