ANDAR VAGANDO
DOI POR INTEIRO
Em silenciosos labirintos me transformo, meus medos se escondem nas minhas costas, nas tuas faltas, nos meus cotovelos, nos teus calcanhares, nos dias de espera, na esperança de que amanhã seja melhor, no meu cérebro que percebe, no meu músculo que executa, na minha alma que arde de desejos fazendo-me doer por inteiro.
COMO OLHAM ESTES TEUS OLHOS
Olhaste-me como olham os amigos, com olhos calmantes, agasalhantes, repousadamente. Adormeci em meio a esta paz entregue silenciosa, alegre, quieta e profundamente encontrada. Essa paz-porto acalma meus temporais, esse lugar posto em rega e cultivo.
Escritos do Eu
© 2018 Roberto Curi Hallal