Roberto Curi Hallal

ARRANJOS

CONFISSÃO OMITIDA

Sigo pela noite adentro guiado pelos planos previamente encaminhados, com medo, com a confissão omitida. Sigo sem cumprir a dieta proposta, estaciono minha vontade de fumar na porta da rua, combino com o oxigênio manter o ar livre. Cruzo a madrugada, esperando conhecer o dia seguinte, palestrando pelo sonho que torna suportável tanta escuridão -meus medos recordados se detêm numa canção de ninar.

CELEBRO

Celebro a vida e sua participação. Nesse meu momento, uma janela que olha para o mar me conta dos seus tumultos. Minhas palavras dançam, tremulam como as velas que acatam os desassossegados ventos. Minhas palavras são como águas alteradas onerando as ondas que as carregam.

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Escritos do Eu

© 2018 Roberto Curi Hallal