ARRANJOS
CONFISSÃO OMITIDA
Sigo pela noite adentro guiado pelos planos previamente encaminhados, com medo, com a confissão omitida. Sigo sem cumprir a dieta proposta, estaciono minha vontade de fumar na porta da rua, combino com o oxigênio manter o ar livre. Cruzo a madrugada, esperando conhecer o dia seguinte, palestrando pelo sonho que torna suportável tanta escuridão -meus medos recordados se detêm numa canção de ninar.
CELEBRO
Celebro a vida e sua participação. Nesse meu momento, uma janela que olha para o mar me conta dos seus tumultos. Minhas palavras dançam, tremulam como as velas que acatam os desassossegados ventos. Minhas palavras são como águas alteradas onerando as ondas que as carregam.
Escritos do Eu
© 2018 Roberto Curi Hallal