CARTA DE UM VÍRUS

Estou esperando o momento que todos deixem o vírus em paz. Ele, o vírus me mandou um recado dizendo-se desconcertado com os humanos que depositaram nele intenções, mortes, ameaças, medos e que, apenas ele tem seu ciclo, seu tempo de adaptação até acomodar- se nesse planeta entre os humanos como tantos outros o fizeram, mas ainda não sabe o que vai fazer com os partidos políticos do planeta, onde e como situá-los, acredita que isso levará mais um tempo, descobriu que alguns humanos vivem de qualificar a vida dos vírus. Sonham em ser filósofos com menos perguntas e mais respostas. Dispensam especialistas, desgovernadores, imperfeitos, políticos condenados, juízes comprados, médicos que vendem atestados de óbito e o símbolo da ignorância: jornalistas e comentaristas daquilo que não entendem.

Vão requerer a cobrança de uma porcentagem da indústria farmacêutica, um imposto por circulação e uma porcentagem dos corruptos, dos genocidas e das quadrilhas instaladas nos poderes. Das Agencias Internacionaispormanipulaçãodedadosepelomalefício nas tenebrosas transações exigirão transparência e o cesse de suas funções de mal informar, de ideologizar a mão invisível que confunde Valor com preço.