ESCOLTEI O SONHO ATÉ A FONTE
COMO SOMBRAS
Conseguirei sair de mim, submeter-me às provas de sobrevivência, alternando surpresas e espantos? Sonhar sonhos que nunca prescrevem, que existem devagar e vão ficando, ficando como um segredo bem escondido costurando tempo de espera. Ficar como a casa onde se nasceu, túmulo infinito de todas as lembranças resguardadas de todas as posteriores insignificâncias. Como sombras que aprendem desde muito cedo a ser companhia, elas me recriam, renascem em mim de tanto em tanto tempo, em vigilância constatando a veracidade da minha autoria. Cumprem sua missão de manter a história salva do vazio do esquecimento.
VOLTAR
Meus desejos de voltar nunca chegaram ao porto da despedida.
Escritos Fenícios
© 2018 Roberto Curi Hallal