Roberto Curi Hallal

ROBERTO CURI HALLAL

ESPANTO APAGADO

O BEM
Oh! meu bem, és tesouro da bondade que governa meu dia, estás divina, dona dos

meus ritos, és meu pomar, minhas águas, minha terra fértil, meu hábito, minha páscoa, meu claustro, meu dormir, meu caminho, minha ponte, minha superstição, meu diapasão, varinha de condão.

VAZIO
Tenho um vazio capaz de enlouquecer um monge, de seduzir um santo, de furar o vento. Tenho uma solidão que enturva a minha paz, me atribula. Corta-me, deshumaniza, imitando uma profunda dor.

RENOVO
Renovo, devolvo à vida o ofertado não escolhido. Reabilitado da insalubre acolhida, do abraço vazio, do indisposto, dou novo alento, refaço os trilhos, aprimoro a boa vontade. Quanto, aos amores mal amados, mal acolhidos, de segunda mão, depredados, amores de bolso, irreverentes, onipotentes, estreitos, sujeitos à insolvência; esses, repasso-os.

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Retalhos

© 2022 Roberto Curi Hallal