NADA ESTAVA ESCRITO
FEZ-SE FEBRE
Meus esconderijos guardam a chama que incendiou várias gerações seguidas. Amparadas por usos, surrupiadas de afetos cansados, sobradas por desprezos ocasionais. Detidos em algum recanto misturados a outras loucas aventuras, as chamas buscam rotas de saída. Em patética solução, enquanto uma sai pelos olhos tentando ser uma lágrima, a outra se faz febre carregada nos suores dos mascates.
ONDE ESTÁ A FONTE?
Instalado precariamente em laços longínquos tento amenizar os desconcertos de haver rumado a lugares imprevistos. Postas no esquecimento as rotas conhecidas, como fazer para recuperar a pele original, o sentir familiar, as fontes que ficaram entre Barsa e Daraya, no Líbano?
Escritos Fenícios
© 2018 Roberto Curi Hallal