PALAVRA EXILADA

Sou o poeta que repatria a palavra exilada, vivo em um entrelaçado perpétuo. Recupero uma tradição, distorcida, alterada, corrigida, projetada, ocultada, revelada, disfarçada em novos sentidos, que migra da rede à teia de aranha, ambíguas e inteligentes, ingênuas. Pretendendo finalizar, há em ti inocências sem saber onde começam e como terminam.

TODO O AMOR DO MUNDO

Os olhos foram se esvaziando até secarem as últimas lágrimas. As ideias pesadas, forjadas como ferro e tristeza, despejadas, jaziam indefesas no vazio do silêncio, incapazes de pronunciar qualquer som. Tua salvação foram tuas memórias, teu lugar de refúgio que te transporta a poemas que carregam todo o amor do mundo.