Roberto Curi Hallal

ROBERTO CURI HALLAL

QUANDO O SOL SE ACOVARDA E TOMBA A LUA SE ENCORAJA E FULMINA

SECULARES

Todos os tempos se transmutam em ligeiras vivências como chuva sobre recordações seculares. Aventuro-me minar lentamente o esquecido até que, pouco a pouco, todas as saudades se espalhem como pedaços meus pelo curso do que me resta viver.

A DESCENDÊNCIA

Algumas vezes percebi com lucidez que a história me escolheu, eu nunca escolhi minha história, eu nunca poderia colher todas as chaves, as fechaduras, os medos, as esmolas, as maletas de todos os mascates que construíram minha vida circulando entre comércios, lojas, abrigos, carroças, o chaveiro do meu avô, dos meus tios, do meu pai. Meu tio Jorge carregou até o fim da sua vida, próximo aos 95 anos a chave do cofre como um símbolo já que, ao criar 15 filhos, não me imagino que colecionasse outras riquezas que histórias e descendências. Estas circulam guardadas em silêncio nas células que marcam um tema de honra biológica: a descendência.

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Escritos Fenícios

© 2018 Roberto Curi Hallal