RECIPROCIDADES
INSISTÊNCIA
Tal a insistência que não cesso porque não posso, enquanto em mim reina uma crença na iminência da tua reaparição. Introduzo a novidade de falar com tua ausência, com teu perfume, com teu sorriso. Teimo em ver tua graça nos argumentos que invento em meus monólogos alucinatórios, onde me pergunto e me respondo numa solicitação insistente.
NOSSOS OLHARES
Te perguntarás por que tanto necessito disto falar; é que, não te tendo por perto, reinvento-te em cada lugar, junto os pedaços somando risos, olhares, uma tranquilidade feliz, uma luz, que acendida ou apagada, é igual, assistindo aos ventos marinhos, sóis que acampavam na nossa pele, luas que docemente iluminaram nossos olhares.
Escritos do Eu
© 2018 Roberto Curi Hallal