VISITA NO TEMPO
AMIZADE (ARISTÓTELES)
Em sua Ética a Nicómano se pergunta como pode o indivíduo chegar a ser feliz em sua relação como o meio e consigo. O homem virtuoso se o reconhece por estar de acordo consigo mesmo tenderão a travar amizade com outros semelhantes e pouco a pouco o círculo se dilatará e criará uma sociedade de cidadãos coincidentes no pensar, sentir e trabalhar, onde florescerá a concórdia, esta é a harmonia entre cidadãos cujo coração obedece a lei da amizade. Se esta lei se converte em costume da maioria social, surgiria a República da Amizade, edificada sobre o respeito mútuo e uma predileção tão bem educada que não necessita da compulsão da lei jurídica. Nesta república ideal, cuja perfeição não fica desmentida por sua inexistência, o homem não seria lobo para o homem, senão amigo.
Reflexões e Aforismo
© 2018 Roberto Curi Hallal