MÁGOAS

Inundado em mágoas, me pego atado às amarguras que fazem de mim um retraído pela falta de confiança nas minhas capacidades.
Na minha decepção, agora algo entendo, envolvido pela má lembrança me confundo com o fracasso. Tamanha tristeza me tira todas as confianças e emudece qualquer alegria, fazendo-a triste, escondida.

Emudecido o enredo que tenta algum resgate, perdido na dura falta de graça, quase desgraça, que a soberana tristeza descolore.
Meu descontentamento é pelo que vivo, aceitando desarmoniosas piedades. Não sobra nenhum olhar para me revestir contente por quem sou. Vazio de reinvenções, faltam-me escutas para dar sentido ao que já vivi, faltam abraços para acolher um abraço que prezado espero.

Se eu contar todos os males que conheço não haverá credibilidade para acolher tudo o que tenho para dizer. As feiuras exaltadas na miséria de atos covardes, a ofensa e a vil agressão inventando e abrindo feridas na minha inocência e na minha natureza, assumindo todos os espaços.